Foi após o encontro com a obra de Milton Nascimento, que o pandeirista mineiro Túlio Araújo decidiu o rumo dos seus estudos na música.
O encontro com o instrumento partiu de umas aulas de violão que o músico ofereceu ao amigo e cantor Alysson Salvador que, em troca, dava aulas de pandeiro ao Túlio.
Mas foi na porta dos forrós de Belo Horizonte, que o músico escutava e estudava o baile e a obra de Jackson do Pandeiro. Sem dinheiro para entrar, fazia amizade com os porteiros, tirava o pandeiro da bolsa e saia tocando mesmo do lado de fora.
Já no Museu de Arte Contemporânea de São Paulo e na Galeria Eduardo Fernandes, o músico nos aproxima da sua admiração pelas artes plásticas e de como o improviso, o deixar vir e o “ser jazz”, marcam um trabalho autoral, de composição, e da identidade de um pandeiro como solista.